sexta-feira, 30 de julho de 2010

fotografia e teatro




Contar uma história através de fotografias produzidas especialmente para esta finalidade, com direito a elenco, figurinos, cenários, maquiagem, acessórios cênicos, música e tudo mais que é próprio do teatro. Assim foi a atividade dos educadores Adalberto Porto Alegre e Carmem Ortiz, ministrantes das oficinas de fotografia e teatro, respectivamente, que resultou na elaboração deste vídeo. O Trabalho foi realizado em março de 2008, por ocasião da semana da mulher, com o objetivo de prestar uma singela homenagem às mulheres daquela comunidade: educadoras, funcionárias, mães, madrastas, tias e avós das crianças e adolescentes que atendemos no Centro Regional Norte de Assistência social da FASC - Fundação de Assistência Social e Cidadania, da Prefeitura de Porto Alegre. O Centro Regional localiza-se na Vila Elizabeth, bairro Sarandi, zona norte da cidade.

A produção foi executada ao longo de uma semana em que a temática do 08 de março esteve presente em todas as atividades. Foi totalmente coletiva. Contou com a participação de crianças, adolescentes, educadores e funcionários, desde as idéias iniciais para o roteiro, as improvisações para os figurinos, acessórios e cenários, até a escolha da música, que devido às múltiplas sugestões, teve de ser escolhida em regime de votação.

O resultado é um belo exemplo de como a fotografia pode estar a serviço da educação, mesmo quando integrada a outras disciplinas.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Marrom de Van Dyke


"Samambaias" - Impressão em Marrom de Van Dyke de Maria Zeca Fernández.

Este processo foi muito utilizado nas últimas décadas do século XIX e nas primeiras do século XX para reproduzir cópias de contato a partir de negativos de grande formato. Apresenta uma excelente gradação de meios tons e um belo acabamento em marrom escuro. Com o surgimento de papéis industrializados, muito mais rápidos e que permitiam cópias através de ampliadores, esta e outras técnicas que só possibilitam cópias por contato, acabaram caindo em desuso. Além disso, os negativos industriais foram sendo fabricados em formatos cada vez menores. Esta emulsão por conter metal pesado (prata) requer muito mais cuidado em sua manipulação. Os sais de prata em contato com a pele e com a ação de raios ultravioleta causam manchas escuras que demoram vários dias para desaparecer. Por isto recomenda-se cuidado redobrado. A emulsão é facilmente contaminável. Nunca usar recipientes metálicos. Ao pincelar esta emulsão sobre o papel, deve-se cuidar para que a mesma não entre em contato com o metal do pincel. É aconselhável, inclusive, cobrir a parte metálica do pincel com fita isolante e nunca deixar o pincel mergulhado na emulsão. Aplica-se sobre o papel com pinceladas suaves, espalhando o líquido de forma homogênea, cuidando para que não se forme acúmulos em algumas regiões da folha. Colocar para secagem ao abrigo da luz, podendo-se acelerar com o auxílio de um secador de cabelos. Após a exposição à luz, lavar em água corrente por 10 minutos, levar ao banho fixador por 2 minutos e depois mais uma lavagem em água corrente por 10 minutos. FIXADOR: Usa-se o mesmo fixador do papel fotográfico preto e branco convencional, porém 20 vezes mais diluído, ou seja, para 100 ml do fixador já diluído para o papel convencional, adiciona-se 2 litros d’água. Se for um pouco mais concentrado, ocasiona manchas nas cópias.

Emulsão
Fórmula:
SOLUÇÃO A:
Nitrato de Prata – 04 g diluídos em 33 ml de água destilada.
SOLUÇÃO B:
Citrato de Ferro Amoniacal (cristais verdes) - 10 g para 33ml de
água destilada.
SOLUÇÃO C:
Ácido Tartárico – 1,5 g diluído em 33 ml de água destilada.
Depois de bem diluídas, misturar as soluções B e C e, aos poucos,
acrescenta-se a solução A.
A solução final deve ser acondicionada em frasco bem escuro e pode
ser guardada por um ano.

Preparo do Papel

Aplica-se a emulsão sobre o papel utilizando-se um pincel chato macio. Deve-se espalhar uma camada homogênea de emulsão, puxando bem o pincel a fim de evitar o acúmulo de líquido em algumas regiões da folha, pois isto causa manchas no trabalho final. Qualquer papel serve, desde que não seja ácido. O CANSON 200g/m2 e o Montval 300g/m2, usados em nossas oficinas, apresentam bons resultados. Há ainda papéis importados e feitos para “técnicas molhadas”, gravura e aquarela, por exemplo, que também apresentam resultados excelentes como, entre outros, o da marca ARCHES e FABRIANO. Para uma qualidade ainda maior, conforme alguns autores indicam, o papel antes de receber a emulsão deve ser banhado numa solução de amido ou gelatina e posto a secar. Assim a solução sensível não é absorvida a fundo pelas fibras do papel, conferindo às cópias uma textura aveludada e homogênea.
As folhas de papel, depois da aplicação da emulsão, deverão secar ao abrigo da luz. É possível acelerar o processo com um secador de cabelos, porém é importantíssimo certificar-se de que estão bem secas ao preparar as prensinhas* e levar à exposição ao sol ou outra fonte de raios UV. A mínima presença de umidade em algumas áreas do papel implica na alteração da sensibilidade à luz. Por isso, folhas de papel emulsionadas que não secaram de forma homogênea, certamente originarão cópias fotográficas sofríveis.
A exposição ao sol: num dia bem ensolarado, 1 minuto é suficiente para fazer a cópia. Conforme vai caindo a tarde, torna-se necessário compensar com um pouco mais de tempo. Dias nublados ou de céu mais encoberto, também precisaremos de mais tempo. Nestes casos a velha e boa tira de testes resolve o problema do tempo de exposição.
* http://fotografianasaladeaula.blogspot.com/2009/05/prensinha-para-copias.html