quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Mais cianótipos





Em maio, no Centro Regional Norte da FASC, onde trabalho, ofereci às minhas alunas do Curso de Estamparia em tecidos, uma oficina de Cianotipia e elas tiveram a oportunidade de produzir uma série de fotogramas e outras imagens a partir de fotografias das nossas crianças e adolescentes.
Elas curtiram muito!


























































sexta-feira, 30 de julho de 2010

fotografia e teatro




Contar uma história através de fotografias produzidas especialmente para esta finalidade, com direito a elenco, figurinos, cenários, maquiagem, acessórios cênicos, música e tudo mais que é próprio do teatro. Assim foi a atividade dos educadores Adalberto Porto Alegre e Carmem Ortiz, ministrantes das oficinas de fotografia e teatro, respectivamente, que resultou na elaboração deste vídeo. O Trabalho foi realizado em março de 2008, por ocasião da semana da mulher, com o objetivo de prestar uma singela homenagem às mulheres daquela comunidade: educadoras, funcionárias, mães, madrastas, tias e avós das crianças e adolescentes que atendemos no Centro Regional Norte de Assistência social da FASC - Fundação de Assistência Social e Cidadania, da Prefeitura de Porto Alegre. O Centro Regional localiza-se na Vila Elizabeth, bairro Sarandi, zona norte da cidade.

A produção foi executada ao longo de uma semana em que a temática do 08 de março esteve presente em todas as atividades. Foi totalmente coletiva. Contou com a participação de crianças, adolescentes, educadores e funcionários, desde as idéias iniciais para o roteiro, as improvisações para os figurinos, acessórios e cenários, até a escolha da música, que devido às múltiplas sugestões, teve de ser escolhida em regime de votação.

O resultado é um belo exemplo de como a fotografia pode estar a serviço da educação, mesmo quando integrada a outras disciplinas.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Marrom de Van Dyke


"Samambaias" - Impressão em Marrom de Van Dyke de Maria Zeca Fernández.

Este processo foi muito utilizado nas últimas décadas do século XIX e nas primeiras do século XX para reproduzir cópias de contato a partir de negativos de grande formato. Apresenta uma excelente gradação de meios tons e um belo acabamento em marrom escuro. Com o surgimento de papéis industrializados, muito mais rápidos e que permitiam cópias através de ampliadores, esta e outras técnicas que só possibilitam cópias por contato, acabaram caindo em desuso. Além disso, os negativos industriais foram sendo fabricados em formatos cada vez menores. Esta emulsão por conter metal pesado (prata) requer muito mais cuidado em sua manipulação. Os sais de prata em contato com a pele e com a ação de raios ultravioleta causam manchas escuras que demoram vários dias para desaparecer. Por isto recomenda-se cuidado redobrado. A emulsão é facilmente contaminável. Nunca usar recipientes metálicos. Ao pincelar esta emulsão sobre o papel, deve-se cuidar para que a mesma não entre em contato com o metal do pincel. É aconselhável, inclusive, cobrir a parte metálica do pincel com fita isolante e nunca deixar o pincel mergulhado na emulsão. Aplica-se sobre o papel com pinceladas suaves, espalhando o líquido de forma homogênea, cuidando para que não se forme acúmulos em algumas regiões da folha. Colocar para secagem ao abrigo da luz, podendo-se acelerar com o auxílio de um secador de cabelos. Após a exposição à luz, lavar em água corrente por 10 minutos, levar ao banho fixador por 2 minutos e depois mais uma lavagem em água corrente por 10 minutos. FIXADOR: Usa-se o mesmo fixador do papel fotográfico preto e branco convencional, porém 20 vezes mais diluído, ou seja, para 100 ml do fixador já diluído para o papel convencional, adiciona-se 2 litros d’água. Se for um pouco mais concentrado, ocasiona manchas nas cópias.

Emulsão
Fórmula:
SOLUÇÃO A:
Nitrato de Prata – 04 g diluídos em 33 ml de água destilada.
SOLUÇÃO B:
Citrato de Ferro Amoniacal (cristais verdes) - 10 g para 33ml de
água destilada.
SOLUÇÃO C:
Ácido Tartárico – 1,5 g diluído em 33 ml de água destilada.
Depois de bem diluídas, misturar as soluções B e C e, aos poucos,
acrescenta-se a solução A.
A solução final deve ser acondicionada em frasco bem escuro e pode
ser guardada por um ano.

Preparo do Papel

Aplica-se a emulsão sobre o papel utilizando-se um pincel chato macio. Deve-se espalhar uma camada homogênea de emulsão, puxando bem o pincel a fim de evitar o acúmulo de líquido em algumas regiões da folha, pois isto causa manchas no trabalho final. Qualquer papel serve, desde que não seja ácido. O CANSON 200g/m2 e o Montval 300g/m2, usados em nossas oficinas, apresentam bons resultados. Há ainda papéis importados e feitos para “técnicas molhadas”, gravura e aquarela, por exemplo, que também apresentam resultados excelentes como, entre outros, o da marca ARCHES e FABRIANO. Para uma qualidade ainda maior, conforme alguns autores indicam, o papel antes de receber a emulsão deve ser banhado numa solução de amido ou gelatina e posto a secar. Assim a solução sensível não é absorvida a fundo pelas fibras do papel, conferindo às cópias uma textura aveludada e homogênea.
As folhas de papel, depois da aplicação da emulsão, deverão secar ao abrigo da luz. É possível acelerar o processo com um secador de cabelos, porém é importantíssimo certificar-se de que estão bem secas ao preparar as prensinhas* e levar à exposição ao sol ou outra fonte de raios UV. A mínima presença de umidade em algumas áreas do papel implica na alteração da sensibilidade à luz. Por isso, folhas de papel emulsionadas que não secaram de forma homogênea, certamente originarão cópias fotográficas sofríveis.
A exposição ao sol: num dia bem ensolarado, 1 minuto é suficiente para fazer a cópia. Conforme vai caindo a tarde, torna-se necessário compensar com um pouco mais de tempo. Dias nublados ou de céu mais encoberto, também precisaremos de mais tempo. Nestes casos a velha e boa tira de testes resolve o problema do tempo de exposição.
* http://fotografianasaladeaula.blogspot.com/2009/05/prensinha-para-copias.html

terça-feira, 5 de maio de 2009

Prensinha para cópias






A prensa utilizada para produzir as cópias de cotato é muito simples de se confeccionar. Precisamos de uma lâmina de vidro e de uma chapa de madeira ou compensado com o mesmo tamanho, entre as quais vão "ensanduichados" a folha de papel emulsionada e o negativo a ser copiado, bem como uma "cama" feita com algumas folhas de jornal, que serve para garantir uma boa prensagem (veja na ilustração a disposição de cada componente da prensa). Tudo bem fixado com o auxílio de prendedores de papel. Pronto! Agora é só levar para a exposição ao sol ou a outra fonte de raios UV.


Fotograma em cianotipia - resultado da montagem da prensa mostrada na imagem anterior.

domingo, 3 de maio de 2009

Cianotipia


fotograma em cianotipia: folhas de tomateiro.

Foi um dos primeiros processos de impressão fotográfica em papel. Foi descoberta por Sir John Herschel, notável cientista, cuja atividade principal era a astronomia.

A cianotipia tem este nome porque as imagens assim produzidas apresentam-se em azul (cian). Isto acontece pelo fato de se basear em sais de ferro e não prata. Também é conhecida como ferroprussiato ou "Blueprint".

Não é um processo para produzir negativos, mas cópias em papel. A emulsão é muito lenta e, por causa disso, é impraticável ampliar negativos sobre papel. A cópia é obtida por contato, numa prensa especialmente construída (veja abaixo como se faz), embaixo de uma luz rica em UV, podendo ser a própria luz do sol. Nesse caso, a impressão pode demorar de 5 a 30 minutos, dependendo da densidade do negativo e do dia, se esolarado ou nublado. Após o tempo de exposição, a folha de papel é lavada em água corrente por alguns minutos e, ao secar, a imagem adquire tons azuis bem saturados.
Para escurecer mais o azul, caso queira-se aumentar ainda mais o contraste, com um pincel de esponja aplica-se água oxigenada 10 volumes (destas que se usa em curativos). Esta aplicação causa uma reação imediada e deve ser feita logo após a revelação em água, com o papel ainda bem molhado. Em seguida, um rápido enxágüe e está pronto.



Emulsão
Fórmula:
Ferricianeto de Potássio – 10 gramas diluídos em 100 ml de água.
Citrato Férrico amoniacal – 25 gramas para 100 ml de água.

Os dois sais depois de diluídos são guardados separadamente em frascos escuros, devendo ser misturados somente na hora de emulsionar as superfícies, em partes iguais e em pequenas quantidades. Os sais que compõem a emulsão sensível são: citrato de ferro amoniacal e ferricianeto de potássio, devendo ser dissolvidos de preferência em água destilada.

Não são produtos perigosos, mas aconselha-se a apresentar os papéis já emulsionados para as atividades com crianças até 12 anos. Para adolescentes o preparo das folhas, pincelando sobre as mesmas a emulsão fotosensível, constitui uma emoção a mais na atividade.

Negativos
Pode-se trabalhar fotogramas em cianotipia. Para isso basta colocar objetos de diferentes formas e tamanhos como pregos, porcas, arruelas, clips, parafusos, etc. sobre a folha de papel emulsionada e levá-la para exposição ao sol e em seguida levar para o banho de revelação. Os resultados são surpreendentes! Caso se queira reproduzir fotografias utilizando o mesmo processo, necessitaremos de um negativo da imagem desejada impresso sobre uma transparência. Isso, hoje em dia é muito fácil de se conseguir: basta digitalizar a foto utilizando-se qualquer programa de edição de imagens, transformá-la em tons de cinza, ou seja, preto e branco, melhorar o brilho e contraste, caso seja necessário e invertê-la, isto é, transformá-la em uma imagem em negativo. Depois disso, imprimi-la sobre uma transparência, que é uma folha feita de acetato e preparada para receber impressão. Encontra-se em qualquer papelaria. Este negativo possibilitará inúmeras cópias, tanto em cianotipia quanto nas demais técnicas que serão apresentadas neste blog. Por isso deve-se cuidar que o mesmo seja sempre bem acondicionado, evitando-se assim que se arranhe, pois deve sempre estar pronto para ser utilizado.

Os negativos a serem impressos por cianotipia devem ter um bom contraste porque a emulsão, embora lentíssima, tem uma gradação muito suave.

Preparo do Papel
Aplica-se a emulsão, que é líquida, sobre o papel utilizando-se um pincel chato macio. Deve-se espalhar uma camada homogênea de emulsão, puxando bem o pincel a fim de evitar o acúmulo de lúquido em algumas regiões da folha, pois isto causa manchas no trabalho final.

Em princípio, qualquer papel serve, desde que não seja ácido. O CANSON 180g, usado em nossa oficina apresenta bons resultados. Há papéis importados e feitos para “técnicas molhadas”: gravura e aquarela, que apresentam resultados excelentes. Exemplo: MONTVAL, ARCHES, FABRIANO. etc. Querendo-se obter uma qualidade ainda maior, o papel antes de receber a emulsão, deve ser banhado numa solução de amido ou gelatina e posto a secar. Assim a solução sensível não é absorvida a fundo pelas fibras do papel, conferindo às cópias uma textura aveludada e homogênea.
Você sabia?
Provavelmente o primeiro livro de fotografia registrado foi feito com cianotipia. Em 1843, na Inglaterra, por Anna Atkins, botânica inglesa. Foi ela a primeira pessoa a perceber potencial da fotografia em trabalhos cientificos.


Anna Atkins em seus estudos editou o livro "Photographs of British Algae: Cyanotype Impressions", depositando seus espécimes sobre folhas de papel sensibilizadas com cianotipia e fazendo cópias de contato.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Nossos objetivos:

Pretende-se neste espaço, publicar textos e imagens relacionados com o uso da fotografia em sala de aula, através das diversas técnicas fotográficas que possibilitam tais aplicações.Também aspiramos postar aqui dicas, receitas e fórmulas de emulsões que ajudarão muito àqueles professores que quiserem reproduzi-las com seus alunos, sejam eles crianças, adolescentes ou adultos
Pinhole - Detalhe do Prédio da Casa de Cultura Mário Quintana - Porto Alegre



Fotograma "Mãos" 1,0X0,37m